RAP É PODER DE MUDANÇA NA VIDA DE JOVENS E ADULTOS
Cultura de rua não traduz comportamentos marginais e ligados à criminalidade. A cultura do RAP surge para retirar jovens das ruas e incentivá-los à criação de arte por meio da rima. A origem está no nome em inglês Rhythm and Poetry, que significa ritmo e poesia. Isso é o que essa cultura quer trazer para o âmbito social.
Em Brasília, a cultura de rua está presente desde sua construção. Manifestações de arte na capital federal são verdadeiras misturas de todas as tradições do Brasil, uma vez que a maioria das expressões artísticas tiveram início com a imersão dos candangos da sociedade. O Brasil, por si só, possui uma infinidade de jeitos e modos diferentes de expressão. Hip-Hop, Street Dance, Grafite entre tantas outras formas de manifestação traduzem o sentimento dos jovens em forma de arte pelas ruas.
Batalha do Museu, Batalha do Relógio, Batalha das Gurias e Batalha da Escada são algumas das competições que mais atraem MC’s em Brasília para compartilhamento de cultura, uma das partes mais importantes da formação de uma sociedade.
A maioria dos encontros de MC’s e Batalhas acontecem à noite ou aos finais de semana, para não prejudicar a rotina de trabalho e estudos dos competidores. O RAP, no Brasil, surge em 1986 como forma de representatividade e cultura.
BATALHA DO MUSEU
A Batalha do Museu acontece todos os domingos, desde 2012. O intuito da batalha, de acordo com MC Zen, competidor e organizador do evento, é trazer cultura de qualidade para a capital federal. De acordo com ele, o evento já possui bastante visibilidade, mas a falta de respeito ainda assombra os competidores. Segundo o MC, o evento traduz a ocupação das ruas de uma forma positiva e benéfica para a sociedade.
A DIFICULDADE DA MULHER EM SE INSERIR NO MEIO
O RAP, por ter uma base de origem masculina, agrega com si muitos preconceitos e estigmas. Ser mulher no Brasil não é fácil, ainda mais se a escolha da profissão for por um viés tido como “masculino”. O RAP, desde seu surgimento na Jamaica, agrega uma infinidade de culturas e códigos artísticos, mas que possuem muitos estigmas arcaicos.
Para MC Fugazzi, entrar no meio do RAP é algo complicado, principalmente para mulheres. “O mundo do RAP tem seus gigantes, mas a dica é não desanimar. Gosto de mostrar para todas as mulheres que o Hip-Hop é um mundo possível, basta querer e lutar para a conquista do espaço”, diz.
QUANDO COMEÇAR A BATALHAR
De acordo com os participantes, a principal ferramenta é a coragem. A vontade de batalhar surge como um incentivo de enfrentar medos e inseguranças. RAP é forma de expressão, é sentir a arte entrar no corpo como uma válvula de escape de todos os problemas externos da vida.
POR QUE A CULTURA DE RUA É VISTA COMO CRIMINALIDADE?
A cultura das favelas brasileiras é um dos maiores focos de manifestações artísticas do país. Grafite, Street Dance e Batalhas de RAP configuram boa parte da cultura das periferias. Por possuírem ambiente conflituoso, as favelas do Brasil são, muitas vezes, confundidas como locais de alta criminalidade, o que configura um estereótipo marginal para a cultura de rua.
INCENTIVO
Para a maioria dos MC’s, as batalhas já possuem grande visibilidade do público, mas é a falta de respeito que configura o problema da ausência de incentivo. A cultura de rua é importante para a manutenção da sociedade, por ter a responsabilidade de retirar pessoas do mundo da criminalidade para a atmosfera artística.
CONHEÇA OS MC'S
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MC Zen
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Organizador do evento e MC desde 2011. Sua história com o rap começou quando conheceu o break. Ele acredita que as batalhas de rap são ocupações das ruas de uma forma boa.
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MC Fugazzi
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MC Fugazzi ou Letícia Ribeiro, participa das batalhas há três anos. Ela acredita que o rap chegou na vida dela como uma igreja chega para uma pessoa necessitada.
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MC Alkaida
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O MC conheceu as batalhas de rap em 2013 através de um amigo. Ele acredita que para você começar uma vida como MC, é necessária muita leitura e se espelhar em boas referências.
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MC Bug
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MC Bug, ou Wallace Patrick, diz que sempre gostou do mundo do RAP. De acordo com ele, a escolha de seu nome foi aleatória, mas representa suas personalidades.
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Aline MC
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Aline MC, conheceu as batalhas de rap em Planaltina e hoje mora em São Paulo. Ela conta que no início se sentia envergonhada ao rimar mas depois as pessoas do hip hop se tornaram sua família.
CONHEÇA AS JORNALISTAS
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Audiovisual
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Adna Evelin é amante do mundo do fotojornalismo e audiovisual. Atualmente é estagiária em uma assessoria de comunicação e produz fotografias independentes, acredita que para uma ótima reportagem é necessário uma boa foto. Na reportagem “Batalha no Museu” foi fotógrafa e cinegrafista.
![Gabriela Arruda](https://static.wixstatic.com/media/be357d_5353d90af0ac4f2e91aaac1779c3f156~mv2.jpeg/v1/crop/x_0,y_0,w_720,h_873/fill/w_237,h_287,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,enc_avif,quality_auto/WhatsApp%20Image%202019-11-12%20at%2016_18_18_jp.jpeg)
Edição
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Gabriela Arruda é amante do mundo da comunicação desde criança. Como atuante da área de assessoria de imprensa, acredita que uma boa imagem é tudo para favorecer o cliente. Na reportagem “Batalha do Museu” foi repórter e editora.
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Produção
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Luisa Barmell descobriu sua paixão pela Comunicação quando percebeu que adorava ouvir histórias. É amante da produção e tem interesse em Jornalismo cultural. Na reportagem "Batalha do Museu" foi repórter e produtora.
Reportagem com supervisão da professora e jornalista Mônica Prado